Quem nunca sonhou em ter controle sobre o próprio tempo, fazer aquilo que gosta e realizar atividades em múltiplas áreas, adquirindo conhecimento de maneira constante e podendo ganhar dinheiro de qualquer lugar do mundo?

 

Há mais de vinte anos atrás, um executivo japonês chamado Tsugio Makimoto previu uma revolução. Em seu livro “Digital Nomad“, lançado no ano de 1997 em parceria com David Manners, escreveu num trecho quase premonitório que “redes sem fio de alta velocidade e dispositivos móveis de baixo custo quebrarão o vínculo entre ocupação e localização“.

Dez anos depois, em 2007, a ideia de nomadismo digital ressurge no best-seller Trabalhe 4 Horas por Semana“, do autor Tim Ferriss. Numa mistura de lifehack e ideias de novos modelos de negócios, Ferriss pintou uma imagem glamourosa — a começar pelo título — de renda automatizada e do velho sonho de se viajar o mundo enquanto se ganha dinheiro.

Porém, nem Makimoto, nem Ferriss previram que o impacto da transformação digital em nossas vidas, pessoais e profissionais, seria tão grande e evoluiria tão rapidamente.

O fato é que hoje, o trabalho remoto é uma tendência no mundo todo. Trabalhar de casa ou de qualquer outro lugar que não seja a própria empresa é a opção dos sonhos para 49% das pessoas empregadas, para 55% dos autônomos e para 55% dos desempregados.

Camile Just buscou na profissão de Assistente Virtual uma forma de ter mais autonomia sobre seu tempo e consequentemente poder estar mais presente no dia a dia de sua filha. 

Com o sucesso atingido na carreira, muitas pessoas a procuraram querendo seguir seus passos e isso a motivou a desenvolver o curso que veio para nos mostrar que é possível criar o seu próprio negócio, usando das habilidades e outros recursos que você possui, para iniciar na profissão ou aprimorar o próprio negócio                 

E o fato é que cresce cada vez mais o número de empresas que já se atentaram para essa nova lógica de trabalho, menos rígida e mais focada na entrega de resultados, e que têm contratado profissionais alinhados à essa tendência.

Acompanhando de perto essas mudanças no mercado de trabalho e cada vez mais conectada às expectativas e necessidades de suas alunas, Camile formou um time – remoto, naturalmente – com outras assistentes que vieram a se tornar suas sócias com o intuito de conectar os profissionais a empresas que procuram esse tipo de serviço. E assim, em outubro de 2019 foi lançada a plataforma Just Virtual.

E hoje vamos apresentar a trajetória de algumas alunas do curso anterior da Camile, Como ser Assistente Virtual que vem quebrou a lógica do trabalho formal ao ultrapassarem suas  barreira pessoais, empreendendo como Assistentes Virtuais, e assim encontraram uma nova maneira de se manter no mercado de trabalho, de forma mais autônoma e flexível.

 

A Priscilla Capello Barbosa, da cidade de São Paulo/SP, atua como assistente virtual desde abril de 2018.

Em sua fase de prototipação (termo que se refere à criação da primeira unidade de um produto ou serviço para servir de modelo para as futuras produções) ela atendeu 2 clientes que foram conquistados por meio da plataforma Just Virtual.

Em sua nova jornada como empreendedora, Priscilla vem colecionando histórias que podem te inspirar a realizar sua transição profissional:

“Eu nunca tive receio de ser empreendedora. Mesmo porque como artesã eu já exercia esse papel. Minhas dúvidas eram no que se diz respeito ao tipo de negócio.

Alimentação? Tô fora, não gosto de ficar horas na cozinha… Roupas? Será que o meu gosto vai agradar meus clientes? Cosméticos? Não sei ser vendedora.

Foi aí que conheci a profissão de Assistente Virtual. Fiz o curso, que aliás, me ajudou muito na construção do negócio. 

Pois eu já possuía  conhecimentos nas áreas administrativas, relacionamento com clientes, atendimento. Ainda me dou ao luxo de fazer o meu horário!

E hoje essa é a minha profissão.”

 

A Agleine Johansen, de Atibaia/SP, já atendeu 9 clientes desde que começou a atuar como Assistente Virtual.

Um dos seus clientes, uma agência de nannys (babás), mantém suas operações fora do Brasil e conta com o trabalho remoto da Agleine. 

Ela é responsável por gerenciar o trabalho de outras 4 pessoas, uma delas inclusive, Assistente Virtual.

Ela relembra alguns fatos da sua jornada sobre como é importante administrar bem o tempo, equilibrando trabalho e vida pessoal:

“No começo eu não tinha muitas habilidades para gerenciar o tempo e acabei tendo que trabalhar até mais tarde. Infelizmente perdi a hora e trabalhei até o amanhecer. O problema é que amanheceu e o dia começou, com todas as tarefas de novo. Fiquei acabada.”

 

Já a Caroline Rocha, de Santa Maria/RS, atua como assistente virtual desde outubro de 2018.

Seu primeiro cliente, um escritório de contabilidade online, foi conquistado através da plataforma workana e se mantém efetivo até hoje.

Para esse cliente, seu portfólio de serviços inclui tarefas como: atendimento ao cliente, processos como certificados digitais e serviços cartorários, corridas de motoboy em São Paulo para coleta e entrega de documentos, cadastros no novo sistema contábil e CRM.

Ela nos conta que sua transição de carreira foi gradual, tendo que conciliar por 6 meses o trabalho formal com o trabalho autônomo, e já contabiliza os ganhos de poder estar mais próxima da rotina de suas filhas.

“Há muito tempo eu  procurava algo que me brilhasse os meus olhos profissionalmente. Não estava mais feliz trabalhando como CLT e queria poder ter horários mais flexíveis. Encontrei essa chance em um vídeo da Camile no YouTube e pensei: É ISSO!!

Acho que o mais legal de tudo foi quando saí definitivamente do CLT e as minhas filhas falaram: ‘agora tu trabalha em casa, né mamãe? Não tem mais chefe para te estressar.’ Esse é o maior valor de ser assistente virtual. Consigo organizar a minha rotina de maneira que tenho tempo para as minhas filhas.”

 

Conseguir a tão sonhada estabilidade financeira como freelancer vai exigir que você tenha clientes fixos e um alto nível de demandas.

Encontrar seus primeiros clientes pode ser bastante desafiador. Assim como gerenciar o seu tempo, equilibrando vida pessoal e profissional.

Além disso, o profissional que decide pelo trabalho autônomo de forma remota torna se responsável por gerenciar sua carreira e precisa estar sempre atualizado com as tendências do mercado. Pois, como freelancer, cabe a ele buscar seu auto desenvolvimento para estar preparado para as novas oportunidades e demandas de trabalho que surgem nessa era digital.   

Portanto, espero que essas histórias de desafios e superações te inspirem a se tornar também um(a) profissional protagonista de sua carreira.

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Relatório Workana 2019: Um estudo que traz uma análise mais profunda da relação entre  freelancers de todo o mundo e seus clientes (principalmente PMEs e grandes empresas).

Foi à partir dessa questão que a Workana – plataforma de mercado para trabalho freelancer e remoto que conecta profissionais independentes a quem deseja contratar seus serviços – elaborou o Relatório de Trabalho Independente e Empreendedorismo em 2019.  A Workana faz esse relatório todos os anos para analisar, refletir e compartilhar com o mundo como essas formas de trabalho estão evoluindo. O que o torna uma ferramenta bastante útil para trabalhadores, acadêmicos, comunicadores, empresas e curiosos, bem como para os freelancers que estão dando os primeiros passos nesse caminho e querem saber como projetar seu trabalho. A empresa, que tem sua sede na Argentina e possui escritórios no Brasil, Colômbia e México, e a partir de 2019 expandiu-se para o Sudeste Asiático, fez um verdadeiro tour para entender a dinâmica do mundo digital freelancer na América Latina:

Quem são os freelancers e seus clientes: como se comportam, quais são suas expectativas e como se preparam para o futuro?

Sabemos que hoje as plataformas digitais são uma parte fundamental do futuro do trabalho e vêm promovendo uma nova maneira de trabalhar, diferente dos modelos de negócios que conhecíamos até alguns anos atrás. Essas plataformas permitem que os freelancers trabalhem em qualquer lugar e hora, escolhendo os projetos que desejam fazer. Os freelancers desenvolvem sua profissão de forma independente, trabalhando para terceiros que exigem um serviço específico. Em sua forma de organização trabalhista, eles têm autonomia para gerenciar seus horários de acordo com os projetos nos quais participam. A tendência do trabalho freelancer cresce dia a dia. A grande maioria dos freelancers ainda está iniciando os primeiros passos de sua carreira profissional: alguns decidem fazê-lo como uma carreira em período integral e outros como complemento de emprego e renda. 

Vantagens e desvantagens do trabalho Freelance

Os entrevistados apontaram também as vantagens e desvantagens do trabalho freelance. As vantagens encontradas estão relacionadas a não ter que se limitar a um salário fixo, poder escolher os projetos que quer participar, poder trabalhar de qualquer lugar e obter uma renda extra. Em relação ao gerenciamento de cronogramas, ele aparece tanto nas vantagens quanto nas desvantagens. Por um lado, é o aspecto mais valorizado enfrentar uma modalidade dessas características (56% considera uma vantagem), mas, por outro lado, também é visualizado como um aspecto negativo – embora em menor grau – em relação ao distúrbio que ele gera, mesmo para quem o escolheu por esse motivo. Outro aspecto que manifesta as dificuldades do trabalho freelancer – e predomina entre as respostas – refere-se à descontinuidade do trabalho, o que gera instabilidade e  falta de segurança para quem é contratado.  O local de trabalho preferido do freelancer é sua casa: 83% a consideram o principal espaço para a realização de suas atividades profissionais. Essa escolha está intimamente relacionada à decisão de trabalhar como freelancer e gerenciar seus próprios horários – motivação que os levou a escolher essa metodologia – já que 86% dos que escolheram trabalhar como freelancer o fizeram para gerenciar seus horários e trabalhar em suas casas. Isso, por sua vez, nos permite entender que, no mundo freelancer, o trabalho solitário tende a predominar: mais de 75% trabalham sozinhos na maioria das vezes ou sempre. A população freelancer é profissionalizada: 70% possuem ensino superior completo ou pós-graduação e 24% estão no ensino superior. Além disso, complementa seus estudos formais com mídias como livros, revistas (58,5%) ou cursos (34,8) para continuar se especializando. No entanto, o desenvolvimento contínuo predomina através de plataformas digitais ou espaços de e-learning (ensino eletrónico que corresponde a um modelo de ensino não presencial), atingindo 73% dos entrevistados, com uma avaliação positiva.

Como cobrar pelos serviços: Por hora ou preço fixo?

Os freelancers, quando perguntados sobre em que tipo de trabalho eles preferiam trabalhar, responderam principalmente que preferem projetos a preço fixo a trabalhos remunerados por hora. Segundo eles, essa modalidade proporciona maior estabilidade e segurança, já que como os próprios freelancers mencionam: “desde o início, você pode saber quanto dinheiro vai ganhar”. Além desse motivo, eles consideram que essa modalidade lhes permite uma melhor organização de tempo e recursos. Já os freelancers que optam por trabalhar em projetos por hora, fazem isso porque acreditam que podem prever um orçamento de acordo com o que vai funcionar: “o desenvolvimento é cíclico e sempre aparecem novos recursos que não foram inseridos no orçamento por um preço fixo”, “Os clientes alteram os requisitos e os projetos podem demorar mais que o previsto”. Um dado curioso apontado pela pesquisa é que dentro do universo da Workana, existem usuários que ainda não trabalham como freelancers. Desses, a grande maioria veio a se registrar por curiosidade. Porém, 91,5% desses profissionais acreditam que em breve começarão a trabalhar de forma independente e é por isso que estão se inserindo no mundo das plataformas digitais, entendendo-o como um caminho para a transição profissional que procuram fazer.

Como as empresas contratam através das plataformas digitais?

Nas plataformas digitais, há um crescimento na busca de freelancers pelas empresas. De fato, quase 1 milhão de projetos foram publicados entre 2012 e 2019. Os clientes também têm uma visão positiva a esse respeito, pois 97,4% acreditam que o trabalho freelance continuará a crescer nos próximos 5 anos. Os clientes que buscam contratar os freelancers são principalmente empresas (quase 60%), seguidos por pessoas físicas, que atingem 30%. Há também um pequeno segmento de ONGs e agências estaduais que contratam freelancers. As contratações são – em grande parte – para complementar, através de projetos específicos, o trabalho realizado pela equipe permanente de empresas para que essas possam se concentrar em suas prioridades. A maioria está começando a contratar remotamente, então mais de 77% ainda não possui uma equipe freelancer, mas usa a plataforma para propostas específicas. Ainda existe um certo planejamento para a contratação de freelancers no futuro. E isso pode ser devido a diferentes razões: que a contratação está relacionada a necessidades específicas que surgem (e ainda não foram identificadas), que há uma visão mais “tradicional” da necessidade de uma equipe de trabalho permanente (em vez de remota ) ou que uma alta porcentagem de clientes (70%) recentemente começou a usar essa metodologia e está se familiarizando com ela. As áreas de atividade que os clientes mais contratam são TI e Programação (46,8%) e são seguidas por design e multimídia com 24,8%. Em menor grau, outros serviços que eles procuram são: tradução e conteúdo (13,8%) e Marketing e vendas (11,9%)

Trabalho Freelance x Transformação Digital

Nas relações de trabalho entre freelancers e clientes, a tecnologia é o grande mediador e a principal força motriz para um verdadeiro futuro do trabalho. E os freelancers parecem estar mesmo preparados ou se preparando para o futuro tecnológico. Virtualmente todos os entrevistados (98,6%) acreditam que as transformações tecnológicas gerarão cenários positivos para o seu trabalho no futuro. Por outro lado, uma alta porcentagem de clientes afirma ter passado por processos de transformação tecnológica nos últimos 5 anos. De qualquer forma, a maioria é positivamente receptiva às transformações e cerca de 90% acredita que a inovação tecnológica já afetou total ou parcialmente o desenvolvimento de suas empresas. O trabalho freelancer foi definitivamente instalado no mundo digital: praticamente a totalidade dos freelancers consultados (98%) acredita que o uso da mídia online aumenta a possibilidade de obter emprego desse tipo. De fato, mais de 90% desses profissionais usam mídia online e 63,2% usam-na mais do que mídia offline. Mas, por sua vez, essas tendências tecnológicas exigem maiores esforços para se preparar e ser treinado. Essas transformações envolvem profissionalização. De acordo com profissionais freelancers, as transformações tecnológicas “forçam a acompanhar as últimas tendências”; “Isso impulsiona  as pessoas a renovar e continuar aprendendo”.  Outro ponto importante é a necessidade de fortalecer os vínculos entre freelancers e clientes, mas é claro que esse caminho já está começando a ser percorrido: “Há uma falta de maior confiança do cliente para aproveitar as transformações tecnológicas em seu benefício”. Os freelancers que se conectam aos clientes fazem parte da inovação digital e do trabalho do futuro e são altamente valorizados por ambos.  Os dados mostram ainda que as plataformas se tornaram aliadas dos freelancers, acompanhando o crescimento dos projetos em que participam e promovendo a fidelidade (54,4% dos freelancers foram contratados pelos mesmos clientes). Elas se tornaram também um recurso importante para os clientes, pois permite que eles abordem profissionais treinados para desenvolver os projetos que seus negócios exigem.

Quem está mais preparado para o trabalho remoto: freelancers ou clientes?

O estudo da Workana nos mostra que o trabalho remoto chegou até aqui para ficar e expandir. Essa maneira de trabalhar está em uma fase de transição, com otimismo em relação ao futuro do trabalho freelancer.  Os freelancers estão cada vez mais motivados e animados para viver a vida que desejam viver em torno de seu trabalho, uma vida que lhes permite gerenciar seus horários, escolher os projetos nos quais participar, trabalhar de qualquer lugar, entre outras coisas. Por outro lado, os clientes são gratos pela contribuição dos freelancers para seus negócios, em relação à inovação, experiência e idéias que eles propõem de uma perspectiva externa e que lhes permite focar em suas prioridades. Mas parte desse desafio de consolidar o trabalho remoto exige que os freelancers adicionem ao desenvolvimento vinculado à sua área de atividade, habilidades sociais que lhes permitam aprimorar o relacionamento com o cliente, como:

E que os clientes, enquanto isso, entendam as particularidades dessa modalidade, promovendo a adaptação para mudar a si mesmos e dentro das organizações. Em um contexto globalizado, de transformação tecnológica e inovação digital, são geradas condições favoráveis ​​para o desenvolvimento de outras iniciativas com essas características, podendo conectar clientes e freelancers de diferentes partes do planeta. É uma grande oportunidade que se apresenta para o futuro do trabalho e que gerará impacto no mundo dos negócios.

E você, como vem se adaptando a essa nova maneira de trabalhar?

Ainda estamos no meio dessa jornada e esperamos que esse estudo seja de grande valia para quem já vem trilhando esse caminho conosco. E para você que já escolheu o caminho do trabalho remoto, nossa meta para 2023 será fazer com que a partir da conexão entre as assistentes virtuais e os clientes, por meio do Mercado de Trabalho, possamos mediar essas relações, promovendo um diálogo que venha a colaborar no fortalecimento desse vínculo. Mas para quem ainda busca motivos ou formas para transcender a lógica do trabalho convencional, que tal aproveitar o início de um novo ano para traçar suas metas e construir sua transição de carreira para um trabalho mais flexível e autônomo?  Você pode dar o primeiro passo usando as habilidades que já possui para atuar como Assistente Virtual, que é uma das maiores tendências de crescimento neste mercado para esse ano. Já pensou?  Te desejamos um 2023 ainda mais próspero e que suas escolhas te aproximem de uma vida mais realizada e feliz!

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Estamos entrando na era da ‘flexibilidade permanente’ : quando os trabalhos flexíveis incorporam um estilo de vida fluido e digital.

Os primeiros indícios do que hoje conhecemos como trabalho remoto, surgiu no ano de 1857 quando J. Edgar Thompson, da empresa Penn Railroad, começou a utilizar seu sistema privado de telegrafia para monitorizar trabalhos e equipamentos nos canteiros remotos de obra da construção de uma estrada de ferro. Nessa era, conhecida como 2ª revolução industrial, a maioria das atividades laborais existentes eram manuais, supervisionadas por um gestor e realizadas por subordinados em um mesmo local (Fordismo). Foi quando, com a ascensão de novas tecnologias, as indústrias passaram a substituir a mão de obra humana pela mecanizada. A partir de então, o número de trabalhadores desempregados aumentou significativamente, ocorrendo, também, uma  redução na faixa salarial da população economicamente ativa. A classe trabalhadora (quase não existiam direitos trabalhistas nesse período) ficou estagnada durante esse processo, levando ao retraimento do mercado devido a redução da capacidade de consumo da população.  Desde a segunda metade do século XX até os dias atuais, testemunhamos a revolução tecnológica, também conhecida como 3ª Revolução Industrial ou a era da informação, e o que hoje vem sendo chamado de 4ª Revolução Industrial. Klaus Schwab, fundador do Word Economic Forum (WEF), já afirmou que a humanidade estaria ingressando na Quarta Revolução Industrial, uma nova era em que a união das tecnologias digitais, físicas e biológicas modificaria drasticamente não apenas o modo como vivemos, mas sobretudo a maneira como trabalhamos. Diante desse cenário, do qual os futuristas chamam de futuro emergente, alguns empregos desaparecerão, outros crescerão em suas demandas e novas profissões, que ainda nem existem, se tornarão comuns. O certo é que a futura força de trabalho precisará alinhar suas habilidades para acompanhar o ritmo.  Além disso, segundo o relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, 35% das competências mais demandadas hoje pelo mercado de trabalho mudou em 2020. O que sabemos é que diante da velocidade das mudanças, o cenário do mercado de trabalho não pode ser estabelecido em um futuro próximo, pois não existem muitas certezas.

O que podemos apontar com alguma certeza é que flexibilidade, criatividade e capacidade de adaptação serão habilidades indispensáveis daqui pra frente.

Buscando compreender quais habilidades serão fundamentais para prosperar no mercado de trabalho do futuro, o WEF questionou especialistas em recursos humanos e em gestão estratégica das maiores empresas do mundo. Como resultado da pesquisa foi lançado o relatório The Future of Jobs: Employment, Skills and Workforce Strategy for the Fourth Industrial Revolution. No documento, são reveladas as 10 habilidades que os profissionais deverão possuir à partir de 2020 para não sucumbir no mercado de trabalho. São elas:

Top 10 Habilidades de 2020:

  1. Capacidade de resolver problemas complexos
  2. Pensamento crítico
  3. Criatividade
  4. Gestão de pessoas
  5. Coordenação com outras pessoas
  6. Inteligência Emocional
  7. Capacidade de julgamento e tomada de decisões
  8. Orientação à serviços
  9. Negociação
  10. Flexibilidade cognitiva

Sendo assim, para acompanhar o ritmo das mudanças, precisamos nos armar de algumas dessas habilidades. Ou, no mínimo, aprimorar aquelas que já possuímos. E com 2020 batendo à nossa porta, é hora de ficarmos atentas às tendências deum futuro que já é’.   Todas revelam um caminho sem volta: o da flexibilizaçãodos processos, das pessoas, das metodologias, das culturas e das carreiras. A consultoria Mercer, em sua Pesquisa de Tendências de Talentos Globais, cunhou o termo “Flexibilidade Permanente” – quando trabalhos flexíveis incorporam um estilo de vida fluido e digital.  Segundo a pesquisa, realizada com 680 empresas brasileiras, 35% já têm a opção de home office em dias da semana e 62% adotam horários flexíveis. Segundo o sociólogo alemão Ulrich Beck, “estamos convivendo com dois modelos de pleno emprego, os quais devem ser distinguidos com muito cuidado”, explica Beck.  “Um é o do Estado de Bem-Estar Social, modelo que previa, além do pleno emprego, seguridade social, plano de carreira para a classe média e estabilidade no trabalho. O outro modelo é o que chamamos de emprego frágil ou flexível, que implica carga horária variável, atividades de meio turno e contratos temporários, nos quais as pessoas desempenham vários tipos de trabalho ao mesmo tempo.”

Uma outra pesquisa, realizada pela empresa de consultoria de recrutamento Robert Half, as 10 profissões e carreiras mais promissoras estão diretamente relacionadas à tendência da digitalização.

A pesquisa foi feita em 13 países e na União Europeia. No Brasil, o estudo contempla todo o território nacional e diversos setores da economia. Em quarto lugar na pesquisa, está a carreira de assistente digital (38%). Maria Sartori, diretora de recrutamento da Robert Half do Brasil, diz que apesar do uso massivo da tecnologia para a resolução de problemas e atendimento personalizado, a profissão de assistente virtual ainda é importante. “Uma profissão como essa acaba substituindo uma profissão tradicional, como a de secretário. Até algum tempo atrás, todos os níveis de gerência tinham seus próprios secretários ou assistente”, diz. O surgimento desse ramo, segundo ela, serve como uma flexibilização do trabalho, permitindo ao profissional a prestação de serviços para mais de uma empresa de forma simultânea e remota. Em se tratando de remuneração, a média salarial para essa profissão é de R$ 1,5 mil a R$ 4 mil, de acordo com a pesquisa. Aqui você pode conhecer mais sobre a carreira de assistente virtual. Maria Sartori diz ainda que é possível compreender a relevância do crescimento dessas carreiras digitais se levarmos em consideração que o nível de produtividade de um profissional está diretamente ligado ao seu nível de satisfação pessoal e felicidade. 

Portanto, preparem- se!

Porque os anos posteriores a 2020 nos reservam uma realidade bem mais maleável: onde o nomadismo digital, os espaços flexíveis de trabalho (coworkings) e o home office serão estratégias adotadas por quem acredita que o futuro do trabalho está centrado nas pessoas e não apenas nas estruturas rígidas de organizações que não acompanham as mudanças. Confira a lista completa das “profissões do futuro”, segundo a Robert Half:                                

  1. Gerente de e-commerce – Salário: R$ 6 mil a R$ 18 mil.
  2. Gerente de e-learning – Salário: R$ 10,5 mil a R$ 23 mil
  3. Consultor de transformação digital – Salário: R$ 4,5 mil a R$ 9,5 mil
  4. Assistente Virtual – Salário: R$ 1,5 mil a 4 mil
  5. Gerente de Customer Experience – Salário: R$ 9,5 mil a R$ 18 mil
  6. Especialista em diversidade – Salário: R$ 11 mil a R$ 25 mil
  7. Gerente de talentos – Salário: R$ 12 mil a R$ 26 mil
  8. Gerente de engajamento – Salário: R$ 11 mil a R$ 20 mil
  9. Gerente de bem-estar – Salário: R$ 7 mil a R$ 13 mil
  10. Gerente de recrutamento – Salário: R$ 9 mil a R$ 23 mil

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