Gig Economy

Publicado em: 30/09/2019

Atuar como freelance no passado estava mais para a informalidade, o famoso “bico”, que profissionais de áreas diversas faziam enquanto não encontravam uma colocação no mercado formal de trabalho.

Contudo, vivemos atualmente uma revolução na sociedade, que abarca diferentes setores, contribuindo para o surgimento de novas formas de se relacionar na esfera do trabalho.

Seja por mudanças na sociedade, seja em decorrência da crise que vivemos nos últimos anos, um novo mercado de trabalho surgiu, denominado Gig Economy, formado por pessoas que buscam o equilíbrio entre vida pessoa e profissional e por empresas que desejam agilizar seus processos e diminuir custos.

O que é Gig Economy (Economia Gig)?

A Gig Economy é a economia do trabalho sob demanda, conhecida também como Economia Freelance, que vem ganhando espaço devido a flexibilização do mercado de trabalho e às transformações que vêm ocorrendo na sociedade, principalmente devido à revolução digital.

Na Economia Gig os profissionais atuam como freelancers, prestando serviços para um projeto, sem que para tanto sejam empregados contratados de uma empresa. A troca se dá por demanda: o contratante tem uma necessidade pontual e contrata um profissional para dar conta dela.

Diferentemente da economia do mercado de trabalho tradicional, na qual o funcionário é contratado via CLT, na nova modalidade os contratos focam na entrega de um produto e/ou serviço específico.

Se o freelance antes era visto como alguém que fazia “bicos”, hoje ele é entendido como um empreendedor de seus talentos, adquirindo autonomia para direcionar sua carreira da forma que lhe for interessante.

Não há uma data específica que determine a criação deste novo mercado, contudo sabe-se que o termo Gig Economy tomou força com o surgimento de novos serviços, como os oferecidos pelo Uber, Airbnb, e os serviços de courier (entregas rápidas) da Amazon.

Já se sabe que o número de profissionais atuando na Economia Freelance cresceu, nos Estados Unidos, dez vezes desde 2012 e que 4% dos trabalhadores estadunidenses já atuaram neste mercado, segundo estudos de 2016. Há uma estimativa que em 2020 o número de pessoas atuando na nova economia seja de 40%.*

Observando as estatísticas e o mercado de trabalho, é possível notar que esta nova modalidade seguirá em crescimento, modificando ainda mais as relações de trabalho.

*Fontes: JPMorgan Chase Institute | Intuit Research

Gig Economy na prática

Nos últimos anos, os profissionais autônomos foram estimulados a buscar a formalização em suas áreas de atuação, cadastrando-se como MEI – o Microempreendedor Individual. Para quem não conhece, alguém com certificado de MEI – cabeleireiro, vendedor, publicitário, assistente virtual, etc. – passa a ter um CNPJ, enquadra-se no Simples Nacional e recolhe imposto, mensalmente, por meio do DAS – Documento de Arrecadação SIMEI, que gira em torno de R$52,00.  Dentro do valor recolhido, 5% destina-se ao INSS. O MEI emite nota fiscal, o que facilita no momento de oferecer seu trabalho e ser contrato por uma empresa para prestação de serviços.

O aumento do números de trabalhadores neste tipo de formalização contribuiu para o crescimento do mercado da Economia Freelance no país.

Um exemplo das várias possibilidades da Gig Economy é percebido no modelo do Airbnb: proprietários de imóveis estabelecem um acordo, um contrato com a plataforma, na qual a empresa é remunerada quando uma casa ou apartamento é “alugada/o”. Uma troca de serviços pontual: o Airbnb hospeda os dados do imóvel e recebe quando um aluguel é fechado.

Além dessa esfera, houve o surgimento de outros profissionais cuja atuação está ligada à locação: os hostes de Airbnb, pessoas que fazem os serviços de governança, estabelecem o contato com quem deseja alugar um imóvel, cuidam da manutenção deste, recebem os inquilinos, quando é inviável ao proprietário fazê-lo, atuando como “assistentes” dos donos dos imóveis e sendo remunerados por isso. Estes profissionais também recebem sob demanda, ou seja, quando o negócio é fechado.

Para as empresas, a opção de contratar um profissional para um serviço pontual é menos oneroso do que mantê-lo para serviços que são eventuais, além de agilizar os processos em seus projetos.

Em diversos casos, os profissionais, devido à excelência na sua prestação de serviços, passam a ser selecionados de forma recorrente pelas mesmas empresas, atuando seguidamente em vários projetos delas.

Um dos benefícios da Economia Gig, para os profissionais, é a escolha dos projetos e empresas com as quais deseja estabelecer relações de trabalho, bem como a possibilidade de organizar sua agenda profissional da forma que for mais conveniente para ele. Desta forma, é possível encontrar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Nos casos para os quais a execução de tarefas possa ser feita de forma remota, os profissionais podem aderir ao nomadismo digital, estilo de vida no qual o profissional escolhe viajar pelo mundo, enquanto trabalha. Para isto, disciplina – e um bom acesso à internet – são fundamentais.

A nova economia tem cerca de dez anos e há ainda muitos ajustes a serem feito. No entanto, é inegável que este movimento de formalização e fortalecimento da Economia Freelance seguirá crescendo, abraçando cada vez mais profissionais de áreas diversas.

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